História & Memória
O sentimento e a construção de um patrimônio humano
Aman ti -Kyr (Gildes Bezzerra).
A inquietude da figura humana foi invocada no principal dicionário português publicado no século XVIII pelo padre D. Rafael Bluteau e Antonio de Moraes Silva para melhor se referir ao significado do termo escolhido para nomear a Fazenda Centenária localizada em Amparo -SP.
“ATALAIA, (ou melhor Atalaya) s.t Torre fundada em alguma eminência, ou assomada, donde se observa, e vigia ao longe, ao mar, ou á terra. Figura de inquietos, que se volvem a tudo, que se observam tudo”.
A eminência de um estado humano, no qual, o olhar ocupa a centralidade do gesto, cristaliza a perenidade de um significado que se relaciona a história, memória e ao patrimônio humano presente na Fazenda Atalaia.
Dedicamos este espaço de nosso site para registrar e homenagear as pessoas que foram essenciais na constituição e manutenção da fazenda, pois é somente por meio do empenho das mesmas que podemos conhecer parte de uma história que constitui os liames identitários do patrimônio histórico e cultural paulista, exemplificados por gerações que amaram esta terra; e permitiram a perpetuação de uma atual gestão que têm como principio basilar a manutenção de uma fazenda viva!
Água doce
Transformou-se em água amarga
Numa lágrima que guarda,
A dor estranha
Das entranhas
Das Montanhas
Das Gerais
No princípio foi um frio,
Foi Riacho depois Rio
Que Cresceu e Virou Mar
Pelos Filhos
Chora a Terra
E essa dor descendo a Terra
Faz o Vale Fecundar
Dos Antigos Coroados
Índios hoje exterminados
Vem o nome que vigora
A Mantiqueira , Aman – Ti – Kyr
Ou a Montanha que Chora
Água doce, transformou-se em Água Amarga
Numa Lágrima que guarda
A dor estranha, das entranhas
Das Montanhas, das Gerais